Nesta terça-feira (14), o deputado estadual Samuel Júnior (Republicanos) criticou a criação da nova Secretaria da Ponte Salvador-Itaparica (Seponte), ironizando a promessa de construção da ponte e acusando o governo de manobra política contra o PSD, que comanda a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra). O parlamentar conversou com a imprensa nas dependências da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).

O deputado refutou a crítica do líder do governo  Rosemberg Pinto (PT), que alegou que a oposição é contra a obra. “Eu vou deixar muito claro que a gente não é contra a ponte, a gente só acha que a ponte de fato não vai sair do papel,” declarou Samuel Júnior.

Samuel Júnior criticou o que chamou de “requentamento” da promessa da ponte, que ele diz ser arrastada há quase 20 anos pelos governos petistas. “Rosemberg chegou até a fazer uma crítica dizendo que nós da oposição somos contra a ponte porque gostamos de exatamente ficar criando situação contra o governo. Mas o que nós somos contra, deputado, é pegar exatamente a forma com que vocês fazem isso desde o primeiro governo de vocês, que vocês prometem a ponte,” disparou. “Vocês vêm requentando o mesmo frango com a mesma gordura esses 20 anos.”

O parlamentar sugeriu que a recriação da pauta é uma tática eleitoral. “É uma forma que vocês têm talvez de fazer um discurso para a população e infelizmente enganar algumas pessoas com a proposta da ponte para que quem sabe essas pessoas continuem votando em vocês,” afirmou.

O ponto mais contundente da critica foi a alegação de que a criação da Seponte é uma estratégia para enfraquecer o aliado PSD, que ocupa o comando da Seinfra, no contexto da disputa pela chapa majoritária de 2026.

“O que eu enxergo de forma politica é você esvaziar essa Infra para desidratar o PSD, porque todos nós já sabemos que vocês irão dar o golpe no PSD,” acusou Samuel Júnior. “Então, por conta disso, vêm desidratando e criando agora uma nova secretaria para tirar parte da estrutura dessa Infra e colocar nessa secretaria numa ponte que não vai sair do papel.”

Fonte: politicaaoponto