O deputado estadual Samuel Júnior (União Brasil) criticou, nesta terça-feira (16), em entrevista, a possibilidade de criação de uma secretaria específica para tratar da Ponte Salvador-Itaparica, projeto em discussão pelo governo Jerônimo Rodrigues (PT). Para o parlamentar da oposição, a iniciativa não passa de uma manobra política e demonstra falta de prioridade administrativa.

Segundo Samuel, a proposta causa estranheza por se tratar de uma obra que há quase duas décadas é prometida, mas que ainda não saiu do papel.

“Confesso que não sei se dou risada com essa criação ou se levo de forma mais séria. A ponte vem sendo anunciada há quase 20 anos. O saudoso Varela dizia que morreria sem passar por ela, e isso de fato aconteceu. Agora o governo apresenta uma secretaria para uma obra que sequer começou”, afirmou.

O deputado também questionou se a medida não teria como objetivo esvaziar politicamente a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), hoje sob o comando do PSD, aliado do governo.

“Se já existe uma secretaria de infraestrutura, para que criar outra? Será que é uma estratégia de negociação política para acomodar partidos? Acho que o PSD precisa refletir sobre isso”, pontuou.

Samuel Júnior ainda criticou a forma como a oposição foi comunicada da ida do secretário Afonso Florenci à Assembleia Legislativa para apresentar o projeto, marcada para esta quarta-feira (17).

“Fomos avisados em cima da hora, o que demonstra que não querem a participação da oposição. Respeito os colegas que decidirem ir, mas eu não concordo com esse formato”, declarou.

O parlamentar reforçou que não há qualquer acordo da bancada de oposição em torno do tema.

“Não existe nenhum tipo de entendimento. O único assunto que foi tratado para votação é sobre os precatórios. Fora isso, não há conversa sobre secretaria ou outro projeto”, concluiu.oposição. Respeito os colegas que decidirem ir, mas eu não concordo com esse formato”, declarou.

O parlamentar reforçou que não há qualquer acordo da bancada de oposição em torno do tema.

“Não existe nenhum tipo de entendimento. O único assunto que foi tratado para votação é sobre os precatórios. Fora isso, não há conversa sobre secretaria ou outro projeto”, concluiu.

Fonte: classepolitica.com.br