O deputado estadual Samuel Júnior (Republicanos-BA) subiu o tom, nesta terça-feira (23), ao criticar duramente, no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), de indicar Paulinho da Força (Solidariedade-SP) como relator do Projeto de Anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Para Samuel, a escolha representa um rompimento de compromissos anteriores e caracteriza uma “traição política” dentro do próprio partido.
Em discurso inflamado, Samuel comparou o gesto de Motta ao de Judas, acusando-o de incoerência e de desrespeitar o acordo firmado com a oposição. “Ele está com o mesmo comportamento que Judas. Sentou com a oposição, fez acordo que votaria a anistia, levou ao plenário e aprovou a urgência. Agora entrega para um relator corrupto, ligado ao STF, e ainda diz que é uma pauta tóxica. Isso é perverso”, declarou.
O parlamentar baiano disse ainda que a escolha de Paulinho da Força fragiliza a confiança da população nas instituições e dificulta a pacificação do país. Segundo ele, a decisão demonstra “discurso desconectado de ação” e compromete a credibilidade do processo.
Samuel anunciou que a bancada seguirá atuando contra a tramitação do projeto e prometeu mobilizar parlamentares para tentar reverter ou restringir os termos da relatoria. “Esse sempre será o discurso da esquerda, com falácias. O presidente [Hugo Motta] se curvou ao sistema, mas vamos continuar lutando, nem que seja necessário morrer. Nós vamos morrer de pé defendendo aquilo que nós acreditamos”, concluiu.
Fonte: classepolitica.com.br